terça-feira, 9 de novembro de 2010

Muito prazer, a 'burguesa'

 
 
Para quem agride ao invés de discutir ou debater determinado tema, sugiro que procurem conhecer as pessoas antes classificá-las como isso ou aquilo.
 

Histórico Escolar de uma sortuda pobre:
 
Fiz escola primária no Colégio Jardim do Pequeno Polegar (nem sei se ainda existe!).  No  último ano  primário  (como era chamado no meu tempo), nos deram uma provinha que fizemos sem nem saber para o que servia.  Era para escolher o aluno que faria o curso de admisssão.  Fiz o curso DE GRAÇA. 

Fiz concurso para o Pedro II e para o Colégio de Aplicação,  colégios do governo, DE GRAÇA.  Escolhi o Pedro II.   


Ao terminar o ginário (nome  que se dava no meu tempo), fiz concurso para o Instituto de Educação, colégio igualmente DE GRAÇA, que me daria chance de começar a trabalhar logo.  Como não sou vagabunda nem gostaria de me escorar em partidos políticos, ou melhor, me escorar no trabalho dos eleitores, enquanto fazia o curso para me formar como professora primária, à tarde trabalhava na ACIB  (Associação Comercial e Industrial de Botafogo), o que alguns consideram, hoje, um tremendo sofrimento.  Como foi o caso de LI, por exemplo, que morria de vergonha por trabalhar numa feira, embora não sinta vergonha de se aproveitar do dinheiro alheio, como em suas inúmeras viagens mundo a fora para divulgar sua imagem, hoje vista tão suja quanto pau de galinheiro.



Fiz curso de Letras na UERJ (DE GRAÇA) . Mesmo sendo DE GRAÇA, não terminei o Curso de Letras (que abandonei, sem nem trancar matrícula)  porque a universidade me daria um diploma, mas não me daria nada em termos de aprendizagem.  Que o digam os professores que faltavam mais do que apareciam.

 
SEMPRE ESTUDEI EM COLÉGIOS DE GRAÇA, MAS ADORARIA TER ESTUDADO NO SION. Também nunca senti ódio nem pelos ricaços, muito pelo contrário. Até porque as dificuldades servem para aprender, não para chorar, o que, pelo jeito, os comunistas ainda não aprenderam.
 

Histórico profissional:

Dei aula 'nos confins dos judas' por nove anos.  Pegava um ônibus até a Central do Brasil e um trem até Campo Grande, onde nos aguardava uma Kombi, porque o colégio ficava na Estrada do Mato Alto para onde não havia nenhum tipo de transporte naquela época.
 

Mesmo ganhando pouco, porque professora primária sempre ganhou uma miséria por seu trabalho, aos vinte e quatro anos comprei um apartamento minúsculo financiado pelo IPERJ e fui morar sozinha.   Nunca senti repúdio às pessoas que viviam em mansões, nem as chamava pejorativamente de 'elite' ou 'burgueses'.  Jamais vi barreira alguma que separesse quem precisava se esforçar um pouco daqueles que não faziam esforço algum.  Também nunca os considerei inimigos, como agora virou moda.  Nem poderia, pois  não depender de ninguém, muito menos de benesses do governo, é motivo de orgulho de quem nunca viu o  Estado como uma babá.

 
Depois, como não achava vergonhoso ter um bom salário, fiz mais um concurso.  Fui trabalhar no Banco Central.  Dois anos depois, foi criada  a  CVM-Comissão de Valores Mobiliários (cópia da SEC americana).  Fui a última colocada, mas meu salário triplicou.  Hoje, graças à FHC, meu salário murchou,  é verdade, mas continuo ganhando bem mais que o povão acomodado  que baba por cestas básicas e bolsas famílias e ainda foram amestradas a acusar as "elites" por suas dificuldades.  Todos sabemos quais são as duas palavras cansativamente repetidas por LI. pelos palanques a fora:  elite e burguesia, principalmente elite.

 
É o sentimento de independência absoluta que nos proporciona expor onde queremos e quando queremos as nossas idéias, sem admitir ordens  como costumam  "fazer" em determinados comentários

Restaurantes prediletos da ricaça arrogante e prepotente (comentário abaixo)Viva Rô, em Muri (restaurante de 'elite' mas não muito)  e um botequim na Rua Frei Caneca,  em frente ao antigo presídio, frequentado por taxistas.  Tanto em um quanto no outro,  conversamos, rimos, brincamos  com todos,  principalmente com a  Graça, cozinheira margnífica do botequim de taxistas.  
  
Restaurante Viva Rô - Mury/Friburgo
 
Botequim na Rua Frei Caneca - Rio de Janeiro
 
 
Viram qual a diferença? A aparência. Só isso. 
Pois as comidas são deliciosas tanto em um quanto no outro. 


Dois exemplos de comentários de esquerdopatas.
Ou: Calem-se e não falem do que não conhecem.
 
 
Comentários autoritários  colocados nos blogs:
 
"Adimitismo que discordem sim, não admitimos é que mintam e continuem a mentir... (falam de mentira, mas não citam qual é a mentira. Nem poderiam, por não me conhecerem!  Fora isso, o espaço é meu e aqui quem dá as ordens sou eu... aos PTistas) .

"... parece mais uma alma sofrida, aflita e oculta em seus pensamentos de vingança pelas frutrações (?) que teve na vida..."; "INCOMPETENTE QUE POR NÃO SABER LIDAR COM SUAS PROPRIAS FRUSTRAÇÕES TENTA DESCARREGÁ-LAS EM ALGUEM." "OH QUE PENA! PENSEI QUE ERAS MAIS INTELIGENTE..."; "Lamentavel para voces ricos, arrogantes, prepotentes, ..."; "...chora burguesia desgraçada...." ; jurema pobrezinha Eu sei que seu problema é FALTA DE CACETE(*), mas tudo bem. dessa vez vou deixar passar .....IDIOTA......

Essa guerra social enlouquecida, que separa os brasileiros de acordo com  seu poder aquisitivo ou cor,  um povo que  vê  os mais abastados como " inimigos",  só existe entre as pessoas mentalmente frágeis,  levadas a isso pelo presidente LI durante todos esses anos, como já foi citado acima. 

Para encerrar:  Nada desse besteirol de esquerda ou de direita, ainda mais quando estamos imprensados no meio desse falso partidarismo nacional, essa 'muvuca' de PT dos pobres aliado a partidos que sempre foram de ricos. 









Enquanto o país está nas mãos de gente sem caráter,
o povo não percebe que sua estupidez é alimentada
para facilitar a vida de políticos.


Enquanto nos agredimos, eles roubam.
Quanta ignorância!


Muito prazer, Jurema Cappelletti


Ah, esqueci de dizer que estou 'chumbada', ou melhor, não ando mais desde 2002.  Deve ter sido praga petista pois até hoje ninguém conseguiu descobrir o que houve.  Porém, ao invés de chorar caudalosamente como fazem muitos só porque precisam trabalhar, tirei do fato algumas vantagens como por exemplo: não pago mais Imposto de Renda; não preciso mais entrar em fila nenhuma; sou tratada com o maior carinho  (hipocrisia é bom, mas não gosto!);  compro carro com isenção de IPI e ICMS (uns 36% mais barato), embora eles venham fazendo de tudo para dificultar isso cada vez mais; e diversas outras "vantagens" que não me ocorrem agora, sem contar que foi justamente depois de ficar chumbada que arranjei marido (o que não posso garantir que seja lá muito bom). 

 
Quanto aos petistas, que chorem, mas chorem muito mesmo sem necessidade. E continuem gostando tanto de lágrimas quanto gostam de mentiras.
 
 
  
 
 Muito prazer!
Jurema Cappelletti
 
 
 

13 comentários:

  1. Olá,
    Fazendo um pesquisa cheguei até aqui e adorei esse "arrependimento" embora não carregue-o. Como você também estudei de graça e venci sem bolsas e outros auxílios. No nosso tempo nem vale transporte tínhamos para frequentar a escola.
    Conhecemos sim os passos do crescimento, lutando para passarmos em concursos sem cotas ou coisas parecidas.
    Prazer em conhecê-la.
    Meu abraço.

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  2. Regina, o prazer é todo meu. No intervalo entre meus "enfrentamentos" |palavras franklinmartinianas, vou correr para conhecer seu blog. Psicologia é uma assunto que adoro!

    Um abração, Ju

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  3. Oh, me comoveu... Votarei em você para presidente!

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  4. Jaqueline, esperamos seu blog ao menos como presente de Natal. Um abração, Ju

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  5. E por falar em escola, dia desses tive a "necessidade emocional" de rever o local onde há 45 anos entrei nesse mundo, pois considero o primeiro ano escolar o momento em que somos as novas pessoas a serem inseridas na sociedade. Lá naquele rincão iniciou-se a minha formação, foi lá que aprendi a ler e a escrever. Desde então tenho lutado com unhas, dentes e sei mais lá o quê para manter a dignidade de construir-me dentro das forças e competências que de mim germinarem, nunca em momento algum pedi ou me achei no direito de reclamar algum benefício oriundo do estado, isso tem me deixado em paz com meus pensamentos, além de me proporcionar uma visão privilegiada das maracutaias e outras locupletações inventadas pelos nossos políticos só para se darem bem na vida... qual Judas... pelas moedas vendem até a mãe. Putz, falei demais... o link para minha escola, vale a pena conferir...

    http://gilrikardo-blog.blogspot.com.br/2013/01/minha-escola.html

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  6. QUERIDA JU
    SUA HISTÓRIA EU JÁ CONHECIA,FATO QUE ME ORGULHA DE SER SEU AMIGO FAZ ANOS.VC SABE DA MINHA GRANDE ADMIRAÇÃO QUE TENHO POR VC DEVIDO AO SEU SENTIMENTO DE PATRIOTISMO,QUE FALTA À MAIORIA DOS BRASILEIROS.AS MANIFESTAÇÕES DA RALÉ PETISTA APENAS ESTIMULAM SUA DISPOSIÇÃO.
    MACHADO((TOM))

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  7. TOM, nem imagina a força que você me dá! Um abração, Ju

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  8. Preclara JUREMA minhas estimas e respeito. Os meus caminhos escolares são similares ao vosso. Tudo GRATUITO. Até forma-me em Dr. do ABC - escolinha pública municipal - tive a busca-e-a deixa da minha infinita MÃE. Ao galgar o primário - numa cidade provinciana á época - a caminhada foi literal. Ida-e-volta.Fiz o concurso admissional ao ginásio - ainda quando cursava o 4º ano. Foi duro. Mas, Passei. Ginásio gratuito. Depois, veio o científico, LICEU - escola pública estadual - seus exames de acesso era uma barra! Lá se foram. Diga-se de passagem que ensino com grandes mestres catedráticos. Senhores das disciplinas. Depois, veio, a fase das incertezas: Universidade. Futuro. Passaram rápido 4 anos - Universidade Pública Federal, via os vestibulares que "mediam" quem estava melhor preparado, além, dominar uma BOA língua, até por ser esta DISCIPLINA - prova eliminatória. Não alcançasse o perfil 5 - só para o ano seguinte, além de SABER outras ciências - boa base- não tinha "mistério" - sabia ou não. Pois, palmilhei o percalço de uma classe média baixa. Além de filho de emigrantes portugueses. Sem apoio de político - de "seo ninguém". Estudar era a saída. Além de 'ajudar' nos períodos de ociosidade escolar aos meus pais no seu pequeno comércio -lá eu e minhas irmãs para "fazer o trabalho de família para ela mesma" - fato comum aos emigrantes - todos juntos. Bom, Isto posto, 30 dias após minha colação de grau - com mais 4 colegas indicados por um dos professores - para duas vagas - onde prevalecia o currículo e a entrevista - década de 70 - não havia concurso para empresas estatais recém criadas - como o Sistema de Telefonia - em formação sob reduto Federal. Daí , após décadas - cheguei - por concurso público na UFC - professor dentre 9 colegas para uma vaga. Hoje aposentado. Dois filhos - sendo um deles - o mais intensivo - chegou a pós-doctor em Montreal, mas saiu do Ceará com 21 anos só o 'canudo' de engenheiro eletricista - foi fazer extensões acadêmicas, em Floripa -mestre e Doutor. A outra fez sua formação -e atua na área financeira. Meu desencanto, minha desesperança residem nos atuais governantes (socialistas do capital público) - que estão nos conduzindo ao cadafalso. A ditadura. O 'brasiu' - na minha região e boa parte deste torrão só violência. Roubos. Escândalos. Ah, roubaram tanto, mais tanto - abandonaram a economia, o estado - só visam eleições. Parabéns pela vossa vocação - como arquiteta de vossa escolha.

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  9. Meus parabéns, Jurema Cappelletti. Eu pensava que pessoas como você haviam sido exterminadas pela esquerdopatia corrupta. É uma pena que seu pensamento vem de uma geração que não encontra mais similares nas geraçÕes de hoje nesse país. As novas gerações tem outros parâmetros de ética, moralismo e justiça social.

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  10. Juju, e um grande privilégio ter você na minha vida. Beijo no seu gigante coração!!!

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  11. Ainda bem que vocês já voltaram. Estava com saudades. Beijocas, em você,na Katia e na Maria Helena.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Bom dia Jurema, agradeço pela inclusão do meu artigo "Todos são Iguais perante a Lei em seu Blog. Desejo um 2019 muito especial para ti.

    Mauricio Ejchel

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